Mais um jogo e mais uma vitória. Foi assim que a Holanda conquistou, nesta terça-feira (05), o direito de disputar a sua terceira final de uma Copa do Mundo. Com o triunfo por 3 a 1 sobre o valente Uruguai, o time dirigido por Bert Van Marwijk confirmou a boa fase e apenas aguarda o vencedor do confronto entre Alemanha e Espanha para saber com quem vai decidir o maior torneio de futebol do planeta. Pontos positivos para uma equipe que segue invicta há quase 30 partidas e que tem em Wesley Sneijder e Arjen Robben seus dois grandes protagonistas.
Na partida desta terça-feira, a Holanda de Bert Van Marwijk mostrou todo o seu repertório. O primeiro gol da Orange surgiu quando o lateral esquerdo Gio Van Bronckhorst, até então o mais tímido dos holandeses no apoio ao ataque durante toda a Copa do Mundo, acertou um chutaço, mandando a bola no ângulo do goleiro Muslera e marcando um dos gols mais bonitos do Mundial. Ainda no primeiro tempo, porém, o Uruguai empatou a partida, em mais um belo gol no jogo. De fora da área, o craque celeste Diego Forlán bateu bonito e contou com a colaboração de Stekelenburg. Foi um sinal que, assim como nas partidas anteriores, a Celeste Olímpica não entregaria os pontos facilmente.
No segundo tempo, Bert Van Marwijk mostrou porque tem a consideração e o respeito dos jogadores holandeses, ao sacar De Zeeuw e mandar a campo Van der Vaart, em uma ousada substituição que obrigou a Orange a jogar o restante da partida com apenas um volante de contenção. Com um pouco mais de espaço para jogar, o Uruguai até começou melhor a segunda etapa e mandava no jogo até entrarem em cena os dois grandes protagonistas da Holanda. Em um espaço de cinco minutos, Sneijder e Robben marcaram, cada um, um gol e praticamente selaram a classificação da Holanda, algo que só foi colocado em xeque com o gol de Maxi Pereira nos acréscimos.
A vitória de hoje da Holanda serviu para mostrar que nem mesmo toda a raça do mundo supera o talento quando chega a hora de decidir. Vindos de excelente temporada, Sneijder e Robben mostraram quanta diferença faz ter craques no time. Quando o camisa 10 holandês marcou o segundo gol da Orange, o Uruguai era melhor na partida, ainda que jogasse sem dois dos seus principais jogadores - Diego Lugano e Luis Suarez. Nessas horas, fica bem claro que ter grande jogador em grande forma física e técnica é essencial. Ter dois grandes jogadores em excelente fase, então, é o que há de melhor. E assim Robben apareceu, marcando de cabeça o gol que sacramentou a classificação da Holanda.
No jogo em que a Holanda reforçou as suas credenciais ao título, impossível não elogiar a garra e a doação dos jogadores do Uruguai. Líderes em um complicado grupo em que tinham a companhia de França, África do Sul e México, os uruguaios mostraram força e disposição na Copa do Mundo, chegando às semifinais depois de 40 anos. Deu gosto de ver a Celeste Olímpica se entregando em campo e não desistindo nunca. Que o futebol uruguaio volta a ser o que foi na primeira metade do século passado!