A torcida lotou o estádio. Empolgados com a campanha do Grêmio no Olímpico, quase 44 mil pessoas pagaram para assistir talvez a final mais típica do mais importante campeonato sul-americano. Precisando reverter a desvantagem de três gols - o Tricolor havia perdido para o Boca na última quarta-feira por 3 a 0 -, o Grêmio bem que tentou: correu, brigou, bateu. Todo o esforço, porém, não foi suficiente para dar ao time o título da Libertadores. Derrotado também em casa, nem mesmo o vice-campeonato foi capaz de acabar com lua-de-mel entre os jogadores e a torcida, iniciada logo depois da épica Batalha dos Aflitos.
Apesar da luta, o Grêmio não fez uma boa partida. Logo no início do jogo, quando o time começou a insistir nos chutões na direção de Tuta, parecia que as coisas não iam bem. Com Tcheco em noite na inspirada, Lucas tímido na armação das jogadas e, principalmente, jogando contra Riquelme, o time sucumbiu.
No jogo em que sofreu seus primeiros gols em casa na competição, o maior destaque do Grêmio foi, justamente, uma das peças mais jovens do elenco: Carlos Eduardo. Ao lado de Gavilan e Diego Souza, o canhotinho ciscou, driblou, correu, mas boa parte de seus companheiros não tiveram a mesma capacidade.
Pela disposição e pelo fato de não terem se escondido do jogo, destaco também os dois laterais do Grêmio. Embora, tecnicamente, nenhum dos dois seja o sonho de qualquer clube brasileiro, a garra demonstrada até o último minuto do jogo foi bonita de se ver.
Do lado do Boca, ninguém mais merece as honras que o maestro Riquelme. Naquela que foi a sua despedida do time do seu coração - pelo menos temporária! -, ele mais uma vez mostrou do que é capaz. Cadenciou o jogo quando tinha que cadenciar, tocou a bola quando tinha que toca e matou a partida no momento certo. O que dizer do único jogador da Libertadores a conseguir fazer gols no Grêmio no Olímpico?
Eu só digo uma coisa: eu não digo é nada!
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