segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O adeus ao Mago!



Como bom palmeirense, não poderia deixar passar essa oportunidade de falar sobre a saída de Valdívia do Palmeiras. Camisa 10 como há muito não se via no Verdão, o Mago cativou a torcida que canta e vibra e infernizou zagueiros e torcedores rivais. Dono de dribles abusados e de uma técnica refinada, ele fez renascer em muitos palmeirenses o sentimento de orgulho de torcer para o time de Palestra Itália. Jogou muito bem no Campeonato Brasileiro do ano passado, e foi um monstro na conquista do Campeonato Paulista desse ano.

É bem verdade que não vinha fazendo um bom Brasileirão em 2008, embora tenha recuperado a boa fase desde a vitória contra o Flamengo. Ainda assim, é impossível dizer que Valdívia não fará falta ao Palmeiras. Ainda que não faça falta dentro de campo, boa parte da torcida palmeirense sentirá um vazio sempre que o time subir ao gramado e o camisa 10 não aparecer.

Valdívia não é craque. Absolutamente. Ele não é, por exemplo, mais jogador do que Alex, que vestiu a mesma camisa 10 do Palmeiras. Mas Valdívia é mago. Magia que pode ser compreendida em números. Dos 48 jogos disputados pelo Verdão na temporada, ele ficou de fora apenas de oito. A maior parte deles por conta dos 22 cartões amarelos levados ao longo de pouco mais de sete meses - uma quantidade realmente exagerada para um meia ofensivo. Mais importante que seus cartões foram seus 14 gols e suas nove assistências... seus dribles e sua irreverência...

O que vai ficar de Valdívia na memória do torcedor não é a ida para o Al Ain... O que vai ficar na memória é a provocante comemoração no segundo jogo das semifinais do Campeonato Paulista, quando o Palmeiras venceu por 2 a 0, e, depois de marcar o gol da classificação, ele pediu silêncio e "avisou" aos são paulinos que a fatura estava liquidada... Pobre de Rogério Ceni... Pobre de Alex Silva... Pobre de quem sofreu nas mãos de Valdívia as magias de seus pés...

O que vai ficar na memória do torcedor é o chororô contra o Corinthinas... Ou o drible do chute falso... Ou ainda o golaço na final do Campeonato Paulista... Que fiquem as melhores coisas!

É triste perdê-lo para o futebol dos Emirados Árabes, Mago! Mas é muito bom ter ótimas lembranças da sua passagem pelo Palmeiras!

Boa sorte em Abu Dhabi!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Parabéns, Alex!


Dirigindo a caminho do trabalho nesta quarta-feira (13), escutei no rádio que hoje é o Dia dos Canhotos. Passei tanto tempo longe do blog, mas não poderia deixar essa data passar em branco, mesmo porque quem gosta de futebol aprecia a forma como os canhotos jogam. No meu caso, a admiração por um jogador em especial transformou-se em idolatria. Alex (ex-Coritiba, Palmeiras, Parma, Flamengo, Cruzeiro e atualmente no Fenerbahçe) é a elegância personificada nos campos de futebol.

Donos de passes preciosos e gols fenomenais, Alex é meu grande ídolo no futebol - tanta admiração rendeu-lhe, inclusive, uma foto sua no meu álbum no Orkut! É lógico que vi jogadores melhores do que ele ao longo dos 14 anos que acompanho futebol. Ronaldo, Romário, Zidane - não necessariamente nessa ordem - são, indiscutivelmente, melhores que o Cabeção revelado nas fileiras do Coritiba. Mas esse lance de idolatria é uma coisa diferente... tem a ver com identificação... e Alex fez parte - com destaque! - da maior conquista da história do meu Palmeiras, a Taça Libertadores da América de 1999. E como foi importante naquele título!

Palmeirense que é palmeirense lembra bem da atuação de gala que ele teve no segundo jogo das semifinais da competição, quando o Palmeiras venceu o River Plate por 3 a 0, jogando no Palestra Itália. Usando a camisa 10 que um dia foi de Ademir da Guia, Alex mostrou aos argentinos como o futebol pode ser também mágica. O craque marcou dois gols, um deles que se reproduz na minha mente sempre que o vejo e sempre que ouço alguém tocar no seu nome. O jogo ainda estava 2 a 0, quando Alex recebeu a bola na direita da área, olhou o sempre estabanado Bonano no gol, e bateu como se colocasse com as mãos a bola no canto direito do goleirão argentino. Coisa linda de Deus, que garantiu o Palmeiras na final da Libertadores! Coisa linda que ficou gravada na memória de todos os palmeirenses que assistiram aquele jogo!!!

Alex é mestre em fazer gols que não me saem da cabeça. Alguém aí lembra o golaço que ele fez contra a Argentina no Torneio Pré-Olímpico de 2000, quando ele deu um drible seco no Cambiasso e encobriu o goleiro hermano? Que palmeirense esquece o antológico gol sobre Rogério Ceni em pleno no Morumbi, quando camisa 10 invadiu a área chapelando quem estivesse pela frente? Há também um gol lindo que Cabeção fez em uma vitória por 5 a 0 do Palmeiras sobre o Grêmio - talvez em 1997 - , quando ele pegou de bate-pronto de direita de fora da área... E o gol de letra na final da Copa do Brasil, pelo Cruzeiro...

Personificação de elegância nos gramados... Retrato fiel do que se espera de um camisa 10... Canhoto mágico! Ídolo para todo o sempre!
Parabéns, Alex!