Os pseudo-técnicos e seus bandos

No fim da noite de ontem, a Seleção Brasileira Sub-20 jogou pelo ralo a possibilidade de vencer o quinto Mundial da categoria. Jogando contra a fortíssima Espanha, a equipe chegou a abrir 2 a 0 no placar, mas acabou cedendo o empate e pegando mais dois gols na prorrogação, fechando o placar em 4 a 2. O resultado bem que poderia ser encarado como uma decepção, se o time nacional tivesse feito pelo menos uma boa partida no campeonato. Mas graças ao pseudo-treinador da seleção, Nelson Rodrigues, a melhor geração da categoria nos últimos anos amargou sua pior campanha na história da competição. Parece, realmente, que os brasileiros estão fadados a ter de aguentar aspirantes a treinadores a frente dos melhores esquadrões do futebol nacional.

O jogo de ontem foi emblemático para mostrar como as convicções de Nelson Rodrigues estavam para lá de equivocadas. Para dar maior dinamismo ao seu meio-campo, ele abriu mão do flamenguista Renato Augusto e escalou o corintiano William (foto), mantendo como titular o bom mas contestado Leandro Lima. William fez uma boa partida e Leandro Lima marcou um golaço, mas parece evidente que a nossa meia cancha ficaria muito mais criativa e equilibrada se tivesse Renato Augusto e William na armação.

Outra peça morta no esquema da Seleção Brasileira foi Jô. Convocado com status de estrela, graças ao seu "estágio" na seleção principal, o atacante do CSKA Moscou teve uma participação pífia no Mundial. Não marcou gol nem jogou bem. Mesmo assim, foi titular em todas as quatro partidas da equipe na competição. Será que só eu percebi que Jô era um a menos no escrete nacional? Ou será que, quando olhava para Luiz Adriano no banco de reservas, Nelson Rodrigues se martirizava por ter cortado o garoto cruzeirense Guilherme do time que disputou o campeonato?

Nelson Rodrigues deve ser totalmente responsabilizado pela horrenda campanha do Brasil no Campeonato Mundial sub-20, desde a convocação até a escalação do time. Deixar de fora da competição jogadores do quilate de Denílson (Arsenal), Guilherme (Cruzeiro) parece um atestado de ignorância, assim como deixar William e Carlos Eduardo na reserva de nomes como Jô e Leandro Lima.

Na Copa do Mundo Sub-20, o Brasil não teve um time. Nas quatro partidas da equipe na competição, o que se viu foi uma bando, um amontoado de jogadores desorganizados em campo. Pena que o nosso treinador não tem um centésimo da capacidade do seu homônimo, o saudoso dramaturgo Nelson Rodrigues.

Agora, é esperar para ver se a Seleção Brasileira principal também vai continuar jogando como um bando. Já sofremos o suficiente com nosso time sub-20, mas o futuro do principal não é dos mais alentadores, ainda mais depois de confirmada a final da Copa América contra a aparentemente imbatível Argentina. Será que os 3.698 volantes do também pseudo-técnico Dunga conseguirão parar Riquelme, Messi, Tevez e companhia?

É esperar para ver!

OBS.: Uma última observação. Hoje pela manhã, tive uma leve discussão com meu primo/irmão Rafita sobre o gol mais bonito da Copa América. Defendi a pintura de Messi contra o México ontem. Foi um gol maravilhoso, de craque! Para Rafita, o mais bonito foi do chileno Suazo, na partida contra o Brasil. Para vocês, leitores, qual o gol mais bonito da competição?