quinta-feira, 30 de agosto de 2007

"Intrusos"

(Thiago Neves, o craque que tem feito a alegria dos tricolores)

Sempre que você anda pelas ruas, é fácil perceber torcedores de Corinthians, Flamengo, São Paulo ou Palmeiras. Nada anornal, já que tratam-se das quatro maiores torcidas do futebol brasileiro. Vascaínos também não causam estranheza. Mas confesso que tomei um susto quando descobri, em Teresina, torcedores de clubes menos populares, como Fluminense, Cruzeiro, Botafogo, Grêmio, Santos e Sport.

A seguir, uma amostra do que é torcer por um desses times. Nas palavras do espetacular e extra-terreno Chico Buarque de Holanda, uma homenagem aos torcedores do Fluminense que conheço: Marco Aurélio e João Paulo "Salsicha".

"Sou tricolor, porque é muito fácil ser rubro-negro... fácil demais! É como se ver a favor do sol no meio do deserto, ou comemorar o Dia da Árvore no coração da Amazônia. Aliás, nunca existiu um flamenguista. Flamengar é verbo imperfeito que só se conjuga no plural. Por exemplo: Eu advogo, tu bates o ponto, ele mata mosquito; nós flamengamos, vós flamengais, eles flamengam.

Mas, torcer pelo Fluminense, modéstia à parte, requer outros talentos. Precisa saber dançar sem batucada... O Tricolor chora e ri sem ninguém por perto... Sua luz vem de dentro, é habituado com alegrias choradas e golzinhos no final, de pé, mão, barriga, bunda e nariz, sem esse papo de maioria ou de mais querido, afinal, o amor sincero, não se discute. Ele merece um campeonato, ele merece muito!"

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